Após muito tempo, eis que este blog volta a ter acção criativa! Ou não...
Enfim, antes da peça em causa, convém fazer uma pequena introdução: tudo começou em Fevereiro ou Março deste ano quando fui com umas amigas de faculdade a um Congresso de Psicologia em Braga que tinha a duração de 3 dias e como tal, tivemos de ficar lá. Reservámos tudo por telefone, depois de pesquisarmos na internet, etc. e finalmente quando chegámos deparámo-nos com um beeeeeelo hotel... (Sintam a ironia, por favor)
Acabou por correr tudo bem e divertimo-nos MUITO, mas isto tudo para dizer o quê? Que ao abrirmos a janela do quarto uma das minhas amigas diz o seguinte: "Eh pá, que deprimente, este quarto parece que está virado para as traseiras do mundo!"
Isto soou-me de tal forma poético que disse que alguém devia fazer um poema que envolvesse a dita expressão. Ora, passados 9 meses, eis que surge finalmente o produto acabado!! Sim, demorou, e acreditem, a espera não vale assim tanto a pena como isso, mas eu gostei de o escrever e espero que gostem de o ler!
Agradecimentos especiais à menina Cátia Pinheiro, musa inspiradora desta ""obra de arte"" (tive de pôr 2 conjuntos de aspas de tão distante que está o conceito...) e sem mais demoras, aqui está:
“Passa junto à minha rua,
A fachada alegre da minha casa observas.
Mas pára e verás uma particularidade sua,
No meu jardim daninhas são as ervas.
Vou convidar-te a passar a vedação
Que divide o visível e o real,
Pois quer eu quisesse quer não
Acabarias sempre por ver para lá do vitral.
Vê a entrada, vê a sala de estar,
Vê toda a felicidade que tenho para dar.
Cozinha organizada, sala de jantar preparada,
Não te parece uma imagem errada?
Se tiveres sorte, levo-te ao fim do corredor
E não sejas rápido a julgar o seu valor,
Pois verás todo o meu ser no quarto do fundo,
Esse quarto virado para as traseiras do mundo…”